O Departamento de Química da UFMG (DQ; Instituto de Ciências Exatas, ICEx) vem trabalhando intensamente no desenvolvimento de tecnologias químico-analíticas para a perícia forense, em colaboração com as Polícias Civis, de Minas Gerais e do Distrito Federal, e com a Polícia Federal. As pesquisas e o desenvolvimento das novas tecnologias, na UFMG, estão sob a coordenação geral da professora Clésia Cristina Nascentes (DQ-ICEx) e do perito criminal Washington Xavier, da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), no contexto da Rede Mineira de Ciências Forenses (RMCF), com financiamento pela FAPEMIG. Dentre os projetos correlatos em andamento, um, mais especificamente, trata do desenvolvimento de metodologias químico-analíticas para a detecção de drogas psicoativas sintéticas ilícitas.
Um dos subprojetos, coordenado pelo professor Ângelo de Fátima, do DQ – ICEx, contou com financiamento adicional do CNPq e da CAPES, acaba de ser concluído e traz resultados altamente relevantes, para a Sociedade. O laboratório coordenado pelo professor Ângelo de Fátima desenvolveu um método colorimétrico simples, rápido, eficiente e de baixo custo, para a identificação de drogas ilícitas, que são causa de grandes problemas de saúde pública. A nova tecnologia já é empregada, com excelentes resultados, pela Polícia Civil do Distrito Federal; a Coordenadoria de Transferência e Inovação Tecnológica (CTIT) da UFMG depositou um pedido de registro de patente, junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).
Segundo a professora Clésia Nascentes, a RMCF vem trabalhando para consolidar as pesquisas na área de ciências forenses, por meio da parceria entre pesquisadores de sete universidades mineiras, com a PCMG e a Superintendência Regional da Polícia Federal de Minas Gerais. A parceria foca o desenvolvimento de tecnologias e métodos que serão aplicados diretamente na elucidação de crimes correlatos, auxiliando no trabalho dos peritos. O método químico-colorimétrico desenvolvido no laboratório do professor Ângelo de Fátima permite a identificação dos princípios químico-ativos, no ato da apreensão das drogas. Trata-se de uma classe de substâncias que, até então, só podiam ser detectadas por técnicas instrumentais mais sofisticadas, no laboratório. A tecnologia está disponível para uso das polícias dos demais estados da federação, devendo os interessados entrar em contato diretamente com a CTIT-UFMG.
Para mais informações sobre o trabalho desenvolvido pelo grupo do professor Ângelo de Fátima, assista ao vídeo, em: https://youtu.be/mitfEDFGvPc
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Fonte: Prof. Dr. Luiz C A Barbosa